Muttatio

Medo.
Identifica-se de inúmeras formas. Medo.
Medo.

Isso é um objeto fálico, vamos rir dele ^

Medo. São céus azuis, que, de repente cinzas,  não são mais céus. É só um grande cobertor.
Teto não familiar. Gosto irrisório. Sonho comprometível, inadjetivável, imaculável em sua morfologia. É natural quanto a escrita que cria este texto. Natural quanto a posição de direita à câmara. Natural quando a sobrevivência é a conservação.

E aí você decide provocá-lo. Quando o tecido do conforto nunca foi tão delicado e fino, tão cautelosamente bordado e preenchido com inúmeras preguiça, mínimo alarde e factoide. Estava na hora da destruição pulsar.

Isso não é reflexão, é aviso.
As coisas vão mudar. Se rasguem os tecidos, se violem as virgindades, se destrua, mundo.
Medo, não é mais obstáculo.

Isso é um objeto fálico maior ainda, vamos rir dele ^

Alarme. É chamado - socorro - sinalizado, é diagnóstico de erro. É invasão, intrusão, colaboração indevida. Alarme toca e avisa uma realização, fichada sem termo em parâmetros não assimilados. O alarme visa o que já existe, não o que emerge das trevas. É porque nunca se fala em caminhos, só em caminho. Tudo precisa ser tão óbvio, senão assusta.

E aí você decide provocar, se colocar diante da chance de perder. Falo do blog, falo de quem lê isso aqui. Alguém pega a porra de qualquer texto daqui e vão poder nos acusar de deturpar qualquer coisa, quando estamos levando a consciência de algo que já existe: o real, em maneira autônoma de distorção. Minha distorção.

Então, resolvi distorcer.
As coisas realmente vão mudar. A mensagem não é clara.
É grossa, fálica e podre.

SIM, ISSO É O PIOR QUE PODERIA ACONTECER
É violento porque tem medo
Esconde-se porque tem medo
Escreve, dorme e morre, porque tem medo
É torpe, falho, menor, é medo
È à À é á

E tudo me muda. Pior que, a cada três parágrafos, um tem formato de pênis.

                                                                      Infantil.
                                                           Estamos trabalhando.
                                                            Pra enganar a quem?
                                                                     Ao medo
                                                                    E por que?
                                                             Se engana ao medo?
                                                                            É.
                                                                     Sim, ele é.
                                                                        Quem?
                                                                        O quê?
                                                                       Infantil.

Falta que me faz do carinho, da proteção e da covardia. Falta que me faz a instituição, a corroboração e a propaganda. Falta que me faz a obediência e aceitação. Falta que me faz em não me ter como bom garoto. Falta que me faz a paciência da clareza. Falta que me faz a boa informação/ação.

A falta é o desperdício do medo
                                                   A precaução = O capricho
                                                   da
Proteção = Cautela > Estupro e Bolsonaro
E mudança é inversamente proporcional ao medo.

Isso não é leitura, é reflexão, que por sua vez não a é em si pois antes é aviso.
As coisas vão mudar e não temos ninguém pra mudá-las por nós.

^MEDO QUE TENHO E CISMO TRATAR COMO DEUS, POIS CREIO E NÃO EXISTE FORA DE MIM E MEU POVO^



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