'' Nós nos perguntamos quando você vai acordar ''

O presente envolve meu rosto.

Ele morre na minha frente em intervalos tão pequenos que minha mente é incapaz de conceber.
Ele sucumbe e isso antecede seu triunfo, o qual antecede a próxima aniquilação.
O presente é uma construção arenosa, caindo de forma recorrente.

Exorcizo meus demônios, e no próximo instante eles não existem.
Minha pele escorrega de minha carne, grande demais para me vestir.
Finco meus dedos em minhas rbes e arrasto, sentindo a pele se libertar, enquanto entro em combustão.
No extâse da dor, continuo a arrancar cada centimetro da fantasia que aprisiona meu ser presente, expondo minha carne rubra.
Caio de joelhos com um som umido,
minha carne em contato direto com o mundo real, sucumbo
exposto, frágil, cru,
órfão,
renascido,
no próximo instante,
morto.


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